Apresentação

Bem-Vindo à Memorabilia do Ciclismo Português! Toda a história velocipédica lusa de antanho passa por aqui...

O presente blogue, pretende trazer ao conhecimento dos leitores, a epopeia do ciclismo lusitano desde os primórdios da competição velocipédica.
A colocação dos artigos, não segue uma ordem cronológica ou temática.
Não será publicado mais do que um artigo por dia.
A Redacção
NOTA: O blogue não adopta as normas do designado Acordo Ortográfico.

domingo, 30 de outubro de 2016

José Pereira da Conceição


José Pereira da Conceição, foi sem dúvida alguma, um dos expoentes máximos do nosso ciclismo ainda pertencentes à primeira geração da nossa história velocipédica, se assim poderemos chamar, onde a enquadraremos dos finais do séc.XIX até aos finais dos anos 20 do séc.XX, ou seja, até ao despontar da era Nicolau/Trindade. Natural do Bombarral, José Conceição correu pelo Sport Club Bombarrelense e para ele conquista a Taça de Portugal em 1918, depois de a terem conquistado também em 1916 e 1917. Fizeram a prova completamente à vontade, sendo os três primeiros classificados: José Pereira da Conceição, Joaquim Rodrigues (Olaia) e Feliz Pereira da Conceição. Na grande prova Porto-Lisboa, uma das maiores que se realizavam no nosso País e numa só tirada de 350 quilómetros nesse tempo, José Pereira da Conceição, ganha o IV Porto-Lisboa, em 1923. Depois duma prolongada doença, com a preparação anterior toda perdida e sem o necessário tempo de convalescença, abalança-se à dureza da corrida, mostrando bem o seu amor ao ciclismo, à sua terra e ao seu clube e coloca-se muito acima de campanhas de despeito. No ano seguinte, em 1924, vence o V percurso com o avanço de quase 40 minutos sobre o segundo classificado. Nessa prova participou também, António Mil-Homens (Pila) do Bombarrelense, que se classificou brilhantemente em terceiro lugar. No VI Porto-Lisboa, alinha novamente a equipa do Bombarrelense, alcançando a segunda (José Conceição) e terceira classificações, apenas a escassos segundo do primeiro. Para além da Taça de Portugal e o Porto-Lisboa, venceu ainda a Taça de "O Século" e a Taça da Federação. Um verdadeiro ídolo do Bombarral. 

Fontes: Ilustração Portuguesa e António Figueira da Silva
Foto: Ilustração Portuguesa nº939, de 16 de Fevereiro de 1924

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Os 50 Km Clássicos de 1909


Os 50 Km Clássicos de 1909, organizados pela União Velocipédica Portuguesa (UVP), disputaram-se no dia 15 de Agosto, num percurso entre o Campo Grande e Alverca, passando por Bucelas e Loures, diferente dos anos anteriores. Alinharam 24 ciclistas. Estradas muito acidentadas e em estado deplorável, segundo rezam as crónicas da altura. A prova foi renhida, tendo vencido António José de Azevedo, em 2h e 2s, seguido de Luiz Polycarpo da Silva, em 2h e 10s, ambos do Luzitano Grupo Cyclista. Em terceiro lugar ficou Francisco Cordeiro e em quarto lugar, Gustavo Santos, em 2h e 10m, ambos do Grupo S. do Atheneu Commercial. 5.° Florêncio das Neves Marques, em 2 h., 10 m. e 25 s.; 6.° António Aramburo Correia, em 2 h., 12 m. e 32 s.; 7." Júlio Camello, em 2 h., 14 m. e 47 s.; 8.° Joaquim da Silva, em 2 h., 17 m. e 33 s.
À partida faltaram 3 concorrentes e dos 24 que alinharam, 6 desistiram.
O júri era constituído pelos srs. Francisco Maria Gomes Leite (presidente), Alberto Carlos Calleia e Carlos Basílio de Oliveira (vogais), Arménio de Moura (juiz de partida), António Nunes Soares Júnior (juiz de chegada) e Luiz Jacques Cesar da Motta (cronometrista).


Fonte e Fotos: Tiro & Sport nº 426, de 15 de Agosto de 1909

Álbum de fotos a cores do ciclismo de antanho publicadas no grupo do Facebook do mesmo nome

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